Mônica Vermelha

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Sou radical sim!

Alguns amigos questionam o que eles chamam de meu radicalismo. Sou radical sim, muito. Sou radicalmente contra a violência, sou radicalmente contra qualquer tipo de injustiça, sou radicalmente contra toda forma de manipulação, sou completa e radicalmente contra toda forma de exploração e opressão. Sou radicalmente a favor do povo, sou radicalíssimamente a favor do Brasil, sou radicalmente a favor da solidariedade e do respeito, sou radicalmente de esquerda, mesmo agora, quando muitos dizem que isso já não faz sentido!
Tenho convicções bastante fortes e, na maioria das vezes, é difícil me convencer do contrário, quase impossível, mas nunca me recusei a ouvir um argumento. Argumento; não ofensa. Um exemplo: tem dois anos (apenas dois anos!!!) que eu me recuso a assistir qualquer coisa na rede globo. Por quê? Prque eu assisti a globo durante mais ou menos 40 anos e, quase sempre, revoltada com o excesso de bobagem, de violência, de mentira, de parcialidade, de futilidade, de idiotice e de desrespeito e descompromisso com o Brasil. Aí eu cansei, chega de dar ibope para esse lixo! É simples assim! Sou petista radical também! Por quê? Por quê eu tenho simpatia pelas “idéias” do PT desde os 12 anos de idade, porque eu conheci, dentro do PT, muuuiiiitas pessoas absolutamente éticas, honestas e comprometidas com a luta pela igualdade e pela justiça, dois valores que me são muito caros. O PT é perfeito, só tem gente honesta, ética e progressista? Claro que não, nenhuma instituição/organização/ser humano é perfeit@, mas eu tenho afinidades muito fortes e conheço bastante a história, os desafios e os dilemas que esse partido enfrentou e enfrenta ao longo de sua história; assim como conheço a história e o comportamento “parlamentar” dos outros partidos. Sei também, por experiência e por formação, que a política é arte da negociação e que as pessoas e grupos têm interesses muito fortes e, muitas vezes, opostos; e que, muitas vezes também, grupos pequenos têm muito mais poder do que as imensas massas pobres e desorganizadas, às quais interesses minoritários são simplesmente impostos. Ao contrário da grande maioria, eu gosto de política, sempre (desde os 11 anos de idade) acreditei que a participaçãso política é importante e fundamental, sou formada em ciência política, e sempre participei ou, pelo menos, acomapanhei a política brasileira. Eu tenho ótima memória, e já investiguei todos os partidos e muitos candidatos. Eu aprendi que por detrás de cada ação ou inação há um interesse e, obviamente, eu também tenho os meus interesses, e o maior deles, é que o Brasil se torne cada vez mais justo, solidário, respeitoso e rico em diversidade, em cultura, em ética, em democracia... Sou defensora radical disso. Eu nunca fiz questão de estar na moda e sei que os meus valores e crenças estão meio "demodê", mas é nisso que eu acredito, é isso que eu tento disseminar, é isso que eu tento praticar. As pessoas têm o direito de pensar diferente? Claro, mas têm obrigação de respeitar as outras opiniões e de não inventar mentiras e sair por aí vomitando preconceitos e ofensas. Essa é uma das razões porque eu “odeio” radicalmente a globo, a veja, folha... porque elas inventam mentiras sem o menor pudor, disseminam calúnias como se fossem verdades absolutas e milhões de desavisados saem por aí repetindo besteiras feito miquinhos amestrados. Isso me irrita profundamente, eu gostaria muito que as pessoas tivessem o mínimo de senso crítico e pensassem um pouquinho antes de sair por aí repetindo bobagens sem nenhum fundamento. E gostaria muito que os meios de comunicação, que são concessões públicas, tivessem, por obrigação, um maior compromisso com a verdade, com a democracia, com a justiça, com o pluralismo político e com os "interesses populares". Seria perfeito se tivessem um mínimo de preocupação com a ética, com a cultura, com a formação cidadã; seria maravilhoso se a mídia fosse obrigada a disseminar mais que mentiras, futilidades, sensacionalismos, violências e preconceitos. Ah, eu sou uma radical de esquerda, mas o que mais está na moda é o “radicalismo” de direita: certas pessoas, conservadoras e/ou desavisadas adotaram, por exemplo, o costume de se referir aos petistas como petralhas; ora isso é de um radicalismo sem tamanho, é uma generalização estúpida e é uma grande mentira porque a maioria dos petistas é infinitamente mais ética e honesta do que aqueles que se julgam no direito de sair por aí ofendendo as pessoas. Você aí, meu caro leitor, conhece algum petista? Quantos? Quantos, dos que você conhece, são desonestos, anti-éticos, corruptos? Você conhece o José Genoíno, o José Dirceu, o Lula? Conhece o passado deles, conhece o presente? Ou forma a sua opinião com base no que a mídia, grande e conservadora, diz? Alguns dizem que esses são radicais de direita, eu não concordo, acho que são uns reacionários ou inocentes alienados. Radical é quem vai até a raiz, radical é quem fundamenta suas ações e opiniões, radical é quem tem argumentos próprios, factuais, intelectuais. Radical é quem se recusa a sair por aí repetindo uma bobagem “aparentemente” verdadeira, radical é quem se recusa a acreditar sem conhecer, sem pesquisar, sem averiguar; radical é quem questiona, quem duvida, quem aprofunda, quem tem convicções e não se deixa levar por achismos, quem sabe que é e por quem é influenciado.

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