Mônica Vermelha

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terça-feira, 10 de julho de 2012

“Navegar é preciso” ou Educação e Tecnologia




Para se ter navegabilidade é preciso ter bons equipamentos, banda larga, bons softwares e suporte técnico eficiente. Muitos programas são difíceis, não são auto-explicativos, usam outros idiomas, o que pode dificultar muito a vida de quem está iniciando. Também existem muitas pessoas (educadores entre eles) que têm muito preconceito e consideram que a internet é ruim pelo tanto de porcaria que abriga e dissemina.
É verdade que tem muita porcaria mesmo, mas a culpa não é da tecnologia e sim dos usuários que postam, compartilham, curtem tudo, sem o mínimo de senso crítico. Claro que tem exceções, há bastante gente nas redes sociais compartilhando informação, conhecimento, cultura, amizades, valores positivos; usando a tecnologia naquilo que ela tem de melhor: um enorme potencial para ampliar nossos horizontes. Relacionando tecnologia e educação é preciso considerar, na minha opinião, dois pontos principais: primeiro a questão do acesso (76 milhões de usuários é mais ou menos 1/3 da população brasileira) tenho dúvidas quanto à confiabilidade dessa estatística, mas, de fato, hoje em dia, principalmente nas regiões sul e sudeste quase todo mundo tem algum tipo de acesso a internet. É preciso considerar entretanto que destes,  muitos não têm internet em casa mas sim no trabalho, na lan-house etc, e, portanto, um acesso bastante restritivo; e que esse acesso ainda é muito concentrado geograficamente, não podemos nos esquecer que tem lugares nesse país, muitos, que não têm sequer energia elétrica e saneamento básico.
Os caminhos para superação dos desafios? Políticas públicas que democratizem ainda mais, que levem a tecnologia lá onde ela é mais necessária e vai demorar muito a chegar se não for pelas mãos do Estado. Formação, muito investimento na formação de nossos educadores que precisam se apropriar delas para poder discutir amplamente o uso das tecnologias nas escolas. Para que, cada vez mais, possamos fazer um uso consciente e crítico principalmente do computador, da internet e das redes sociais, para que todos entendam que as tecnologias podem ser maravilhosas, mas também podem ser altamente destrutivas, dependendo do uso que fazemos delas. Os professores que não conseguem discutir esse tema, que não dominam minimamente as tecnologias mais difundidas, de fato, tendem a ser substituídos ou pelo computador - tem muita gente por aí pensando que sabe tudo e que pode aprender tudo sozinho - ou por outro professor mais atualizado. Mais uma vez é importante ressaltar que são múltiplos os pontos a serem superados: falta de acesso, preconceito, falta de formação e falta de suporte talvez sejam os mais prementes para que possamos extrair da tecnologia tudo de positivo que ela pode nos proporcionar.

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