Mônica Vermelha

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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Um dos meus livros preferidos.

Lá no meu perfil está dito que um dos meus interesses - são tantas as coisas que me interessam, tudo o que dignifica o ser humano me interessa muito - é a literatura. Hoje quero falar um pouquinho sobre um dos livros mais bonitos que eu já li.
Antes, preciso dizer que sou fã de carteirinha da literatura brasileira, embora conheça e aprecie alguns autores estrangeiros, devo dizer, como brasileira orgulhosa dessa condição, que temos muitas obras simplesmente maravilhosas, dentre estas, Fogo Morto, um romance lindo, escrito em 1943, pelo brilhante paraibano José Lins do Rego.
Vou me ater a uma personagem desse romance, o Capitão Vitorino, que me parece um misto de Robin Hood e Don Quixote, com sua alma absolutamente generosa, leal e simples. Um amante da justiça, não da justiça "oficial" mas daquilo que a sua alma lhe diz que é o justo, o Capitão Vitorino, enfrenta a tudo e a todos, os poderosos, os que o ridicularizam, os covardes, os descrentes e luta dioturnamente o seu combate apaixonado em favor dos que considera injustiçados.
O Capitão Vitorino me ensinou que a omissão diante da injustiça é um pecado gravíssimo, talvez mortal e que a solidariedade é um dos sentimentos mais bonitos de que o ser humano é capaz. Muitos o consideraram e virão a considerá-lo um homem raivoso, um encrenqueiro, um eterno mal humorado e ele é um pouco disso tudo, mas o Capitão Vitorino é principalmente bom, generoso e justo na sua "santa" indignação permanente. Ouso dizer com Mário de Andrade: "... e que obra-prima o Fogo Morto, puxa!"

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