Lá no meu
perfil está dito que um dos meus interesses - são tantas as coisas que me
interessam, tudo o que dignifica o ser humano me interessa muito - é a
literatura. Hoje quero falar um pouquinho sobre um dos livros mais bonitos que
eu já li.
Antes, preciso dizer que sou fã de carteirinha da literatura
brasileira, embora conheça e aprecie alguns autores estrangeiros, devo dizer,
como brasileira orgulhosa dessa condição, que temos muitas obras simplesmente
maravilhosas, dentre estas, Fogo Morto, um romance lindo, escrito em 1943, pelo
brilhante paraibano José Lins do Rego.
Vou me
ater a uma personagem desse romance, o Capitão Vitorino, que me parece um misto
de Robin Hood e Don Quixote, com sua alma absolutamente generosa, leal e
simples. Um amante da justiça, não da justiça "oficial" mas daquilo
que a sua alma lhe diz que é o justo, o Capitão Vitorino, enfrenta a tudo e a
todos, os poderosos, os que o ridicularizam, os covardes, os descrentes e luta
dioturnamente o seu combate apaixonado em favor dos que considera injustiçados.
O Capitão Vitorino me ensinou que
a omissão diante da injustiça é um pecado gravíssimo, talvez mortal e que a
solidariedade é um dos sentimentos mais bonitos de que o ser humano é capaz.
Muitos o consideraram e virão a considerá-lo um homem raivoso, um encrenqueiro,
um eterno mal humorado e ele é um pouco disso tudo, mas o Capitão Vitorino é
principalmente bom, generoso e justo na sua "santa" indignação
permanente. Ouso dizer com Mário de Andrade: "... e que obra-prima o
Fogo Morto, puxa!"
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